História da raça

Recuando até à última glaciação, as zonas baixas das planícies do SW Ibérico foram poupadas a este período glaciar. Esse facto permitiu a sobrevivência de um grupo equino evoluído que permitiu a domesticação muito cedo e a equitação superior, que parece ter procedido a outras. 

Esse cavalo ibérico terá viajado até ao oriente, para o Norte de África e Ásia Menor e daí até à China do 1.º Imperador.

O Puro Sangue Lusitano é o descendente deste cavalo Ibérico, antepassado de todos os cavalos que estiveram na base da equitação em todo o mundo, desde a Europa ao Norte de África, Ásia Menor, Índia e China.

Graças à Península Ibérica este cavalo consegui sobreviver e ir evoluindo, desde há cerca de quinze mil anos este cavalo extraordinário quase completamente livre de influências estranhas até há bem pouco tempo.

Este cavalo PSL  tem hoje na Península Ibérica uma preciosa herança genética.

Nos últimos trezentos anos, por critérios de selecção divergentes, as características do cavalo originário da região Andaluza e de Portugal afastaram-se, mantendo-se Portugal mais próximo do cavalo Ibérico de que ambos descendem.

É esse cavalo que dá origem à lenda grega do Centauro, quando por aqui homens e cavalos se confundiam num só. É aqui que na Antiguidade Clássica se acreditava que as éguas prenhes só do vento parem os "Filhos do Vento", os cavalos mais velozes da Antiguidade. 

Este cavalo expande-se por toda a Europa, Ásia e Norte de África, sendo usado ainda no século XVIII como melhorador universal.

É só nos séculos XIX e XX que vem a sofrer diversas infusões de sangues estranhos, em consequência da necessidade de maior força de tracção.

São só duzentos anos, mas o efeito abastardou dramaticamente o efectivo tendo-lhe dado maior dimensão e peso, retirando-lhe ligeireza.

Também o psiquismo se degradou perdendo-se "finura", ardência, vibração e o "desejo de adivinhar a vontade do cavaleiro".

Se hoje chegámos onde chegámos, com cavalos maiores e melhores, foi graças à acção inteligente dos criadores e à base de uma genética fortíssima que quinze mil anos de selecção não deixaram destruir por duzentos anos de perturbação, tirando, ao contrário, partido destas influências e chegando hoje à produção de cavalos de maior dimensão e de qualidade de andamentos, capazes de ombrear com todas as raças especializadas, em quase todas as modalidades do desporto equestre moderno. 

Portugal entre 1974 e 1975 atravessou um período revolucionário durante o qual muita coisa foi posta em questão. Uma demagógica "reforma agrária" inspirada por um poder político ignorante da realidade levou à ocupação indiscriminada de terras em todo o Ribatejo e Alentejo, pondo em risco a sobrevivência da raça Lusitana.

Foi uma "fantasia" que morreu por si, mas antes fez unir todos os que se preocupavam com aquele património nacional no intuito de, embora admitindo vir a perder as suas propriedades, salvar a raça Lusitana da extinção a que parecia estar votada.


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